Tratamento de crack para mulheres

Tratamento de crack para mulheres

Homens e mulheres são fisiologicamente diferentes e isso é um fato. Quando se trata de dependência química, não é diferente. Inclusive, já está provado que as drogas atingem o sexo feminino de maneira diferente e, portanto, faz toda a diferença tratá-lo de forma mais específica. Quer entender sobre o tratamento de crack para mulheres? Continue lendo este post!

 

O que dizem os estudos e estatísticas?

Os estudos nessa área são alarmantes e mostram que as mulheres com dependência química geralmente adoecem mais cedo que os homens e de forma mais grave.

Além disso, em se tratando especificamente do crack, de acordo com o Lenad (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas) e com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Nordeste, as mulheres usuárias fumavam em média 21 pedras por dia ao passo que os homens apenas 13.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) também apurou que drogas são vistas como incompatíveis com a posição ocupada por mulheres na sociedade.

Isso talvez explique o motivo de as internações em clínicas de recuperação serem majoritariamente masculinas, uma vez que entre as usuárias há mães que não têm com quem deixar seus filhos a fim de receber o tratamento adequado.

Outro dado alarmante e obtido em 2012 pela Fiocruz é que mais de 50% das dependentes químicas tendem a financiar seu vício se prostituindo, o que eleva as chances de contraírem doenças sexualmente transmissíveis.

 

Fatores de risco

É importante saber que mulheres estão mais predispostas do que homens a se tornarem dependentes químicas. Isso acontece porque, no corpo delas, a quantidade de água é menor, o que faz com que, ao usar a mesma quantidade de crack que um homem, a concentração de droga no organismo dela seja superior.

Esse dado talvez explique porque, de acordo com um estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em se tratando da dependência em crack, aproximadamente 74% dos que se viciam são mulheres.

Além disso, o risco de ter problemas de saúde, em especial no aparelho reprodutivo, aumenta muito e vai desde uma produção hormonal afetada até a infertilidade, passando por uma grande probabilidade de, em caso de gravidez, que haja aborto espontâneo ou que o bebê nasça morto, em especial quando ela segue usando estas substâncias ao longo da gestação.

 

Padrões sociais e vulnerabilidade

Para elas, é muito difícil procurar ajuda, em especial quando são mães, porque a sociedade tem um modelo já estabelecido de como deve ser a conduta de mulheres que têm filhos e elas não se enquadram neste perfil.

Além disso, a sua vulnerabilidade, sobretudo quando passam a viver nas ruas, algo muito comum com usuários de crack, é muito maior do que a dos homens. O mesmo estudo que mencionamos acima, da Unifesp, acompanhou mais de 100 usuárias de crack por 12 anos e concluiu que 60% delas foram assassinadas, a maioria nos primeiros 5 anos de uso da droga.

 

Por tudo isso, é muito importante que, no caso das mulheres, o tratamento leve em conta estas questões a fim de realmente ajudá-las a abandonar o vício. Na Clínica Uplife, temos uma equipe especializada que pode acolher e auxiliar você! Venha conversar conosco!

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