Quem atua tratando dependentes químicos sabe que existe uma estreita relação entre a dependência e a depressão, a ponto de, muitas vezes, não ser possível indicar qual delas é a causa e qual é a consequência quando as duas estão instaladas e precisam ser tratadas.
Primeiramente, é importante saber que ambas são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como doenças e por isso devem receber tratamento especializado, o qual geralmente é feito por uma equipe multiprofissional, destacando-se o papel da psiquiatria e da psicoterapia na recuperação do adicto.
De qualquer forma, é importante entender como essa estreita relação pode impactar uma pessoa e é sobre isso que falaremos neste post. Acompanhe!
Por que a depressão pode levar à dependência química?
Porque esse transtorno psicológico faz com que uma pessoa apresente um pessimismo constante e muita falta de esperança. Esse tipo de comportamento é persistente e, se não for tratado, tende a piorar cada vez mais.
Quando alguém com essa condição usa álcool ou drogas estimulantes, encontra relaxamento e/ou uma oportunidade de fugir da realidade, obtendo, ainda que por um curto período, a chance de aliviar suas dores emocionais e se sentir bem consigo.
É natural que este indivíduo passe a enxergar nesse tipo de substância uma janela para um novo mundo e queira repetir o uso com cada vez mais frequência, abrindo assim a possibilidade de desenvolver a dependência química.
Por que a dependência pode levar à depressão?
A depressão pode ser causada por um desequilíbrio químico no cérebro, isto é, quando a concentração de serotonina, noradrenalina e/ou dopamina está alterada.
Quando uma pessoa faz uso de substâncias químicas, elas agem diretamente no Sistema Nervoso Central podendo provocar reações diversas, como relaxamento, ansiedade, autoconfiança exacerbada, entre outras. A longo prazo, os efeitos da droga tendem a desequilibrar quimicamente o cérebro, colaborando para o aparecimento da depressão.
É justamente por isso que estudos já comprovam que dependentes químicos apresentam muito mais chances de desenvolver a doença do que alguém que nunca usou este tipo de substância.
Como lidar com o problema?
Independente do que surgiu primeiro, se a depressão ou a dependência, o fato é que ambas precisam ser tratadas e o mais indicado nestes casos é a internação em clínica de recuperação porque impede o acesso às drogas ao mesmo tempo em que é disponibilizada uma estrutura com equipe especializada para cuidar do paciente.
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