É um engano achar que uma pessoa que se torna dependente química sofrerá os efeitos do abuso de substâncias sozinha. Na maior parte das vezes, toda a família passa a sofrer com o problema, gerando uma série de conflitos que podem culminar em desgaste físico e emocional de todos os que convivem com o adicto.
É comum que, nesse contexto, pais, mães e cônjuges se sintam culpados, achando que, se talvez tivessem percebido antes ou agido diferente em determinadas situações, as coisas poderiam ter sido diferente. Tudo isso agrava ainda mais a situação, podendo fazer surgir um problema adicional: a codependência. Saiba mais sobre ela neste artigo!
O que é codependência?
Ela pode ser definida como um transtorno emocional que faz a vida de uma pessoa girar em função da de outra, neste caso, o dependente químico. Mães, pais e cônjuges costumam ser os mais afetados pelo problema, pois querem a todo custo, ajudar o parente a sair do vício.
Nesse sentido, eles passam a não mais ter vida própria: tudo o que fazem se resume a tentar salvar o ente querido, dedicando completamente seu tempo a este fim. Quem enxerga a situação de fora pode achar que se trata apenas de amor, mas a verdade é que este transtorno requer tratamento especializado, visto que faz o indivíduo abdicar de sua própria identidade.
É possível tratar a codependência?
É possível e necessário buscar tratamento para o problema e ele inclui primeiramente reconhecer a sua existência, compreendendo a necessidade de buscar um profissional especializado.
Com isso será possível ter uma percepção dos gatilhos, isto é, das situações que fazem com que o comportamento codependente apareça e assim se autoconhecer, trabalhando continuamente para se tornar a cada dia a melhor versão de si mesmo.
Além do atendimento psicoterápico, a prática de atividade física também é um pilar importante do tratamento, pois colabora para que o paciente alivie o estresse e melhore ainda mais sua autoestima.
Compreender que o ente querido faz suas escolhas e auxiliá-lo sempre que possível a buscar um caminho diferente é essencial, mas o que a pessoa não pode permitir é se anular e viver em função do outro. Deixar que as coisas continuem assim só levará o indivíduo a um caminho mais difícil, fragilizando ainda mais uma estrutura familiar que já está desgastada.
É pensando nisso que a Clínica Uplife tem o cuidado de não apenas acolher o dependente em tratamento, mas também a família dele, pois entendemos que todas essas pessoas passaram por situações difíceis até sua chegada à clínica e também necessitam ser ouvidas e cuidadas.